04 maio, 2012

Minha descoberta de hoje



Mulher, como você se chama? – Não sei.
Quando você nasceu, de onde você vem? – Nao sei.
Para que cavou uma toca na terra? – Não sei. 
Desde quanto está aqui escondida? – Não sei. 
Por que mordeu o meu dedo anular? – Não sei. 
Não sabe que não vamos te fazer nenhum mal? – Não sei. 
De que lado você está? – Não sei. 
É a guerra, você tem que escolher. – Não sei. 
Esses são teus filhos? – São. 


Wislawa Szymborska





Aos 88 anos, Wislawa Szymborska vive desde menina em Cracóvia, cidade situada às margens do Vístula, no sul da Polônia. O fato de ter permanecido a vida inteira no mesmo lugar diz muito sobre essa poeta conhecida por sua reserva e extrema timidez. Contudo, embora os fatos de sua vida tenham permanecido privados, quase secretos, seus poemas viajam pelo mundo. Não são tantos: sua obra inteira consiste em cerca de 250 poemas cuja função, como declarou a poeta no discurso de Oslo, é perguntar, buscar o sentido das coisas.

Com sua poesia indagadora, Szymborska foi chamada “poeta filosófica”, ou “poeta da consciência do ser”. No Brasil, teve poemas esparsos publicados em jornais e revistas ao longo dos anos, mas esta edição da Companhia das Letras, com seleção, introdução e tradução de Regina Przybycien, é a primeira oportunidade que tem o leitor brasileiro de lê-la em português. A coletânea de 44 poemas é uma belíssima apresentação à obra dessa importante poeta contemporânea.


Vou providenciar o meu...lógico!!!!

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